sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Crítica

Tem circulado pela Web, um e-mail com o seguinte texto, o qual dizem ser assinado por Martha Medeiros:

Eu acredito em Deus!...
Mas não sei se o Deus em que eu acredito é o mesmo Deus que acredita a professora, a porteira, ou o cientista.
O Deus que eu acredito não foi globalizado.
O Deus com que eu converso não é uma pessoa, não é pai de ninguém.
É uma idéia, uma energia, uma eminência.
Não tem rosto, portanto não tem barba.
Não caminha, portanto não carrega o cajado.
Não está cansado, portanto não tem trono.
O Deus que me acompanha não é biblico.
Jamais se deixaria resumir por dez mandamentos, algumas palavras e um pensamento que não se renova.
O meu Deus é tão superior quanto o Deus dos outros.
Mas a sua superioridade está na compreensão das diferenças, na aceitação das fraquezas e no estímulo da felicidade.
O Deus em que eu acredito ensina-me a guerrear conforme as armas que tenho e detecta em mim a honestidade dos actos.
Não distribui culpas a granel :
as minhas são umas as do vizinho são outras e a nossa penitência é a reflexão.
Ave Maria, Pai Nosso, isso qualquer um decora sem saber o que está dizendo.
Para o Deus em que eu acredito, só vale o que se está sentindo.
O Deus em que eu acredito não condena o prazer.
Se Ele não tem controle sobre enchentes, guerrilhas e violências, se não tem controle sobre traficantes corruptos e vigaristas, se não tem controle sobre a miséria, o cancro e as mágoas então que Deus seria Ele se ainda por cima condenasse o que nos resta: o lúdico, o sensorial, a líbido que nasce com toda a criança e se desenvolve livre, se assim o permitirem.
O Deus em que eu acredito não é tão bonzinho.
Castiga-me e deixa-me uns tempos sozinha.
Não Me abandona, mas exige-me mais do que uma visita à igreja, uma flexão de joelhos ou uma doação aos pobres.
Cobra caro pelos meus erros e não aceita promessas performativas, como carregar uma cruz gigante nos ombros, por exemplo.
A cruz pesa onde tem de pesar dentro.
É onde tudo acontece e Este é o Deus que me acompanha.
Um Deus simples...
Deus que é Deus não precisa de ser difícil e distante.
Sabe-tudo e vê-tudo.
Meu Deus é discreto e otimista.
Não se esconde, ao contrário, aparece principalmente, nas horas boas para incentivar, para me fazer sentir o que vale um pequeno momento glorioso, um abraço, um amigo, uma música na hora certa, um silêncio.
É onipresente, mas não onipotente.
Meu Deus é humilde.
Não posso imaginar um Deus repressor e um Deus que não sorri.
Quem não te sorri não é cúmplice."

Amigos

Embora o texto de Marta tenha sua fascinação, não concordo nem me emociono com ele. Eu também creio em Deus. Não num deus que minha cabeça idealiza e que se adapta às minhas vaidades e vontades. O meu Deus é O CRIADOR de todas as coisas, inclusive dos neurônios da Marta. E este Deus é ONIPOTENTE, ONIPRESENTE e ONISCIENTE, ou seja, pode tudo, está em todo lugar e sabe tudo. Somente quem tem esses atributos pode ser DEUS. O resto é deus. Creio no Deus bíblico, pois é ali que Ele se revela. Então não é um deus da cabeça de cada um, mas, um Deus igual (justo) para todos.


Esse DEUS bíblico no qual eu acredito e temo nos criou livres para adorá-lo ou não. Deu-nos o livre arbítrio. Somente Deus poderia fazer isto, pois, um deus manteria suas criaturas sob seu domínio (escravizadas).

O meu Deus nos criou tão livres ao ponto de a Marta poder escrever aquilo e eu expressar isto.

Quem tem ouvidos para ouvir ouça e creia. “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.” (Evangelho de Marcos 16, 16).

Abraços

Alfredo

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