Papai Noel e as distrações natalinas

Eu devia ter uns 4 anos e meus tios tiveram a brilhante idéia de me levar na Chegada do Papai Noel. Depois de mais de uma hora de espera ele chegou com carreata e tudo, entrou no clube cheio de crianças enlouquecidas.
Entrei na fila para falar com ele e ver o que poderia conseguir. Observava as crianças felizes saindo de sua conversa particular com o Noel e minha espectativa aumentava. Ao chegar minha vez o velinho puxo do saco um carrinho bonito e me disse: "Se você der um beijo no Papai Noel, eu te dou esse carrinho legal aqui oh!"
Bom, eu como sou bagual da fronteira não curti aquela idéia de beijar o cara, e não teve jeito ! Então ele me chatageou dizendo que se se eu não o beijasse ia ganhar um fusca azul de plástico (feinho). Não teve jeito, e eu sai de lá com o fusca e uma tremenda descepção com o Papai Noel, que de bom velinho não tinha nada.

A história pela qual passei é engraçada, mas me ajudou a sempre deixar de lado o Noel e esse mundo esquisofrênico de compras, charrete voadora, músicas natalinas melancólicas, roupas de inverno e neve em pleno verão. Já até ouvi um estudo sobre o porque não devemos ter esta cultura natalina em nossos lares ( o que merece um post especial) mas penso que basta percebermos que tudo é uma conspiração para não celebrarmos o nascimento do Rei Jesus, que representa o cumprimento da promessa de Deus e sua fidelidade para conosco.

Quando vi as fotos abaixo, do Papai Noel de Balneário Camburiú que pegou fogo, logo pensei: "Esse Noel andou dando outro fusca e alguém não gostou"...