O ministério da unção do espírito santo adverte:
Texto recomendado para pessoas com sede de santidade!
Primeiramente, gostaria de contar-lhes uma historinha, adaptada e baseada em fatos reais, e que aconteceu e pode ainda estar acontecendo bem perto de nós.
Certa ocasião, uma irmã querida nos perguntou:
– Tem uma coisa que ainda não entendo, por que vocês proíbem o namoro aqui?
– Quem proíbe o namoro? Respondi com ar espantado.
– Vocês… O grupo… Sei lá, o presbitério. Ela parecia meio confusa
– Por que somos proibidos de namorar? Insistiu, franzindo a testa e me fitando atentamente.
– Sinceramente, não sei do que você está falando, minha irmã! Respondi calmamente, mas com ar de provocação.
– Não proibimos ninguém de namorar. Embora estivesse dizendo a verdade, continuei fazendo cara de quem está por fora.
– Como assim? Você tem certeza? Então estão me ensinando errado… agora ela já demonstrava algum aborrecimento.
– Alguém disse a você que nós proibimos o namoro? Perguntei, com cara de bobo.
– É… Mais ou menos… Pelo menos foi o que eu entendi… Você há de convir que não é como em algumas denominações… Você sabe, não pode beijar… ter certas intimidades etc. Me olhou fixamente, esperando uma resposta mais clara. Eu também encarei a moça e tentei responder-lhe com serenidade.
– Então creio que você entendeu errado. Ninguém proíbe o namoro aqui…
– Não mesmo? Insistiu.
– Com toda a certeza! Me mantive firme.
Ela continuou de olhos arregalados… Fazendo cara de quem não estava entendendo nada, ainda esperando, talvez, uma explicação para esse “grande mal entendido”. Parece que agora as coisas seriam esclarecidas.
Bem, antes que eu possa contar como terminou essa conversa, aproveito para perguntar a você: Também acredita que proibimos o namoro? Você também crê que somos uma parte da igreja, talvez uma “comunidade cristã” na qual uma das normas seja “Não namorarás”? Não é raro ouvir de alguns irmãos que não reúnem conosco a seguinte pergunta: “Ah, você é daquela congregação onde não se pode namorar?” Meu temor começa a ser que alguns do nosso meio também pensem assim.
Contudo, seja qual for a sua resposta, quero lhe desafiar a pensar sobre o assunto de uma outra maneira. A partir da origem. O que é, quando foi criado, quem criou e para que serve esse negócio chamado namoro? Está pronto? Então vamos adiante.
No manual do “pai dos burros”, o velho e eficiente Dicionário, encontramos a seguinte definição: Namoro: ato ou efeito de namorar. Não ajudou muito, não é? Namorar: inspirar amor a ou tornar-se amoroso; apaixonar (-se), seduzir ou deixar (-se) seduzir, atrair ou sentir (-se) atraído. Terem duas pessoas relacionamento amoroso em que a aproximação física e psíquica, fundada numa atração recíproca, aspira à continuidade.
No manual do Pai das Luzes, a Viva e Eficaz Palavra de Deus… Bem que tal me ajudar um pouco e procurar na sua chave bíblica? Confesso que cansei de procurar na minha. Quem sabe uma tradução diferente, moderna, uma dessas NVI’s. Em um de nossos encontros com jovens solteiros desafiei-os a me mostrarem, ao menos a palavra namoro, na Bíblia. Até hoje espero, mas ninguém me mostrou nada. Por quê? Porque não está lá. E nem perca seu tempo procurando. Em primeiro lugar, não existe namoro na Bíblia. Trata-se de uma invenção diabólica, e antes de pensar algo de que você precisará pedir perdão à Deus depois, me escute, que existe para que as pessoas aproveitem os benefícios emocionais e físicos da intimidade sem a responsabilidade de um compromisso real.
O namoro, como nós o conhecemos, não existia até o início do século XX. É um subproduto dessa cultura mundana voltada para a diversão e o entretenimento. É descartável como uma lâmina de barbear. Sejamos honestos. Não existe “Namoro Cristão”. O que a luz tem a ver com as trevas? O que Deus tem a ver com o diabo? O que namoro tem a ver com os Cristãos? Nossa intenção não é encher sua cabeça com perguntas, mas questionar-se pode levá-lo a um profundo entendimento sobre o assunto. Existem muitos motivos pelos quais um discípulo não namora.
Aqui, enumeramos sete.
1. O Namoro conduz à intimidade, mas não necessariamente a um compromisso.
Aprofundar a intimidade a clara definição de um nível de compromisso é nitidamente perigoso. É como escalar uma montanha com uma parceira sem saber se ela quer a responsabilidade de segurar a sua corda. A intimidade sem compromisso desperta desejos, emocionais e físicos, que nenhum dos dois pode satisfazer se agirem conforme o padrão de Deus. E a Palavra é muito clara sobre o assunto em I Ts. 4:6. O termo é defraudar. Se não posso satisfazer, então porque vou começar?
Normalmente essa intimidade começa com beijos. “Só beijos” são por pouco tempo, porque existe muito mais além dos lábios, que o corpo começa a pedir. É a mesma coisa quando você compra um sorvete e tira a embalagem. Antes de comer o sorvete, você percebe que ainda há um pouco de chocolate que ficou na embalagem e, antes de jogá-la fora, você lhe dá uma lambida para não estragar nada. Mas, quem vai parar por aí? Quem deixará o sorvete estragar estando contente por ter lambido o chocolate na embalagem? Ninguém. É ridículo pensar assim. Especialmente depois de provar um pedaço. É muito difícil não querer provar o resto. E isso é o que acontece no namoro. Afinal você prova o chocolate que ficou na embalagem e não vai desejar o resto? Sinto muito, mas não me fale o contrário, pois não consigo acreditar mesmo. Entenda que o verdadeiro problema é que não era para você estar tirando a embalagem, porque você nem comprou o sorvete.
2. O Namoro geralmente confunde contato físico com amor.
A nossa cultura como um todo entende as palavras “amor” e “sexo” como sinônimas, não deveríamos ficar surpresos que muitos relacionamentos confundem atração física e intimidade sexual com o verdadeiro amor. Quantas vidas já foram emocionalmente destruídas por causa dessa tal “prova de amor” que alguns exigem de seus namorados(as)? Desde quando a relação sexual é uma prova de amor? Você pode até me dizer que o envolvimento físico pode fazer com que duas pessoas se sintam próximas, é verdade. Mas se muitos casais de namorados examinassem o foco do seu relacionamento, eles certamente descobririam que o que têm em comum é a lascívia.
Observação: Lascívia significa: “sensualidade”, ou seja, quem pratica a lascívia pratica a sensualidade defraudando ao seu irmão ou irmã. É fruto da carne! (Gálatas 5 – 19). E nos rouba o entendimento (Oséias 4-11).
3. O Namoro tende a pular a fase da “amizade” de um relacionamento.
No namoro, a atração romântica geralmente é a base do relacionamento. A premissa do namoro é: “Eu estou atraído por você; então vamos nos conhecer melhor.” O namoro rouba a grande possibilidade de iniciar o relacionamento pela estrada certa. Estrada da amizade.
A premissa da amizade é bem diferente: “Nós estamos interessados nas mesmas coisas; vamos aproveitar esses interesses comuns juntos”. C. S. Lewis descreve a amizade como sendo duas pessoas andando lado a lado em direção a um objetivo comum. Bem se já entendemos que ter intimidade sem compromisso é defraudar, agora precisamos entender que a intimidade sem amizade é algo totalmente superficial. Um relacionamento baseado somente na atração física e nos sentimentos românticos apenas durará enquanto durarem os sentimentos.
4. O Namoro geralmente isola o casal de outros relacionamentos vitais.
Outro grave erro gerado pelo namoro é que, na prática, namorar significa basicamente duas pessoas com foco uma na outra. Infelizmente, na maioria dos casos o resto do mundo vira um pano de fundo. Se você já fez papel de vela, sabe do que estou falando.
Agora pensemos um pouco sobre o estrago que isso pode fazer na Igreja: a atenção exclusiva, que é normalmente esperada em um namoro, vai roubar dos dois a paixão pelo serviço ao Senhor. Vai isolá-los dos irmãos e amigos que mais os amam, dos familiares e, o mais triste, até do próprio Senhor, cuja vontade é, de longe, mais importante do que qualquer interesse romântico.
Preocupa-me ver que muitos jovens têm buscado guardarem-se fisicamente puros, mas entregam o coração a um romantismo hollywoodiano, exagerado e fora de tempo. Compensam a ausência de intimidade física com envolvimento emocional desenfreado, que joga por terra as motivações corretas e acaba conduzindo ao pecado.
5. O Namoro, em muitos casos, tira o foco dos jovens adultos de sua principal responsabilidade, que é de preparar-se para o futuro.
Uma das tendências mais tristes do namoro é desviar os jovens adultos do desenvolvimento dos seus talentos e habilidades dadas por Deus. É um grande momento para buscarem crescer em valores importantes para desempenhar bem seus papéis estabelecidos por Deus para uma família. Uma época propícia para equipar o caráter, cuidar da formação acadêmica e de obter experiência necessária ser bem sucedido na vida. Ao invés disso, muitos se permitem serem consumidos pelas necessidades momentâneas, pelas quais o namoro clama.
6. O Namoro pode causar desgosto com o dom de permanecer solteiro dado por Deus.
Ah, meus amados! Infelizmente não é raro encontrarmos alguns solteiros – principalmente mulheres – desgostosos com a própria vida. Sentindo-se vazios, incompletos, tristes. Tudo isso porque acham estão “passando da idade” de se comprometerem com alguém. Não pode haver espaço para tais sentimentos no Reino de Deus, pois apesar de não estarmos pecando quando desejamos um dia nos casar, podemos ser culpados de mau uso do privilégio de sermos solteiros. Isso acontece quando permitimos que um desejo por algo que Deus ainda não nos deu, roube a nossa capacidade de aproveitar e apreciar o que Ele tem nos dado.
7. O Namoro cria um ambiente artificial para avaliar o caráter de outra pessoa.
O namoro cria um ambiente artificial que não exige que a pessoa apresente as suas características positivas e negativas. Em um namoro, a pessoa pode entrar no coração do parceiro usando verdadeiras máscaras de sedução. Por exemplo: ser um cara divertido em um passeio ou estar bem vestida não diz nada sobre o seu caráter ou sua habilidade em ser um bom marido ou esposa. Já pensou sobre as questões? Como ele interage com as pessoas que o conhecem melhor? Como ela reage quando as coisas não saem como planejado? Como é seu relacionamento com seus familiares? Ao considerar alguém um parceiro em potencial, uma pessoa que podemos observar, precisamos encontrar respostas a estas questões – questões que o namoro não irá responder.
Amados, convenhamos: a questão aqui não é de proibição. É de forma. Namoro é a forma do mundo. Vamos tomá-la para nós, ou cumprir o que nos diz o apóstolo Paulo em Romanos 12:2?
• “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Autor Desconhecido Texto compilado do livro “Eu Disse Adeus ao Namoro – Joshua Harris”